Ouvi falar sobre o James Blake pela primeira no final de 2010, quando o Ola me mostrou “Limit To Your Love”. Em fevereiro de 2011 estreávamos a coluna “Bandas que você nunca ouviu, mas deveria”, na Revista Noize, com o James Blake. O álbum homônimo tinha acabado de ser lançado e estava no nosso repeat desde então.
A música marcou uma fase ótima com o Ola e nosso maior desejo era vê-lo ao vivo. No mesmo ano ambos conseguiram tal façanha, mas enquanto o Ola assistiu o show dele numa igreja em Gotemburgo; eu o vi antes no SXSW coladinha no palco, afinal ele não era ainda tão popular. Comprei o álbum em vinil e levei até o show para autografa-lo e presentear o Ola. Não consegui, mas saí de lá suspirando, afinal o show tinha sido incrível.
Desde então ficamos de olho no menino. Gritamos de alegria quando ele foi confirmado para tocar no Sónar São Paulo, em 2012. Finalmente assistiríamos o show em conjunto. O show aconteceu no Sónar Hall cercado de um silêncio absoluto. Foi lindo, com certeza arrebatando o melhor da noite para nós (mesmo que a gente seja bem suspeitos). Aliás, é possível conferir o show na íntegra aqui:
Quando estávamos escolhendo a música em que dançaríamos nossa “valsa” no casório, não tivemos dúvidas: fomos de “Limit To Your Love”, cantada por Blake, já que a música passou a representar muito na nossa história. Quase uma trilha sonora dos momentos incríveis.
Quando fechamos de ir ao Way Out West, em Gotemburgo, pulamos novamente de alegria ao ver que ele tocaria no palco principal. O James Blake cresceu e muito. O trabalho está mais maduro, a presença dele no palco é muito maior que seu 1,94m de altura. Ele preenche o palco e hipnotiza quem o assiste. Foi um dos nossos ápices no festival, em que ele tocou o setlist abaixo, já na turnê do novo álbum Overgrown:
No final de semana eu estava zapeando o NPR e achei um show dele de 1:30 na íntegra, que rolou em Washington em maio/2013. Ele ficou ali aberto, até uma amiga me enviar o link do mesmo vídeo. Conecta ele na sua TV, liga a caixa de som, abra uma garrafa de vinho e deleite-se, porque James Blake é puro deleito sonoro:
E que tal a versão Life Round Here feat. Chance the Rapper? Vale a ouvida.
*Foto tirada pelo Ola Persson, no Way Out West